domingo, 9 de julho de 2006
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sexta-feira, 7 de julho de 2006
O modelo do Big-bang (grande explosão), que pretende explicar a origem e evolução do Universo, é a versão científica do Enuma Elish mesopotâmico, do Nu (barro) e Ra (sol) egípcios, do Génesis vétero-testamentário. Depois do mito, o mito da razão, depois da narração a explicação, depois dos deuses, a sua ausência, depois da fantasia, a realidade, depois da inocência, a expulsão.
Que é necessário para construir o Universo senão tijolos e cimento? Planta?, autor?, nem pensar! À luz do homem pensante e racional, este o maior dos mistérios. O mistério não é haver Autor. O mistério dos mistérios é não haver Autor. Deus é a nossa solução para o mistério. Deuses e nós, que semelhanças! Já tivemos deuses oleiros, relojoeiros, inteligência superior, arquitectos e, agora, o deus-ciência. E o que nos diz esta nova divindade? Que, perdão pelo simplismo, apenas com quatro letras-tijolos fundamentais estáveis – e- (electrão) e ve- (neutrino electrónico), baptizados de leptões, e u e d (quarks) – mais quatro tipos de cimento-força (bosões): gluões (força de cor), fotão (força electromagnética), os bosões Wº W+ e W- (força nuclear fraca), responsáveis da transformação de um protão em um neutrão e o inverso, acompanhada da transformação e- –» ve e ve –» e-, respectivamente) e gravitão (força gravitacional), temos o alfabeto, a gramática e as regras de sintaxe para construir o conto do Universo. Assim: com quarks fazemos nucleões (protão e neutrão), que graças à força nuclear fraca mudam de personalidade, facilitando a organização e estruturação atómicas da matéria, e o cimento fortíssimo que os prende no núcleo atómico é a força de cor; com nucleões mais leptões, criamos átomos; os átomos, por sua vez, acostam uns aos outros, criando moléculas e macromoléculas, sendo, neste caso, o cimento a força electromagnética; e para que o macro não viva em caos, lá está a força gravitacional a pautar a harmonia das esferas celestes. Mas a criatividade ôntica não acaba aqui: a química inventou quatro letras - A(denina), T(imina), G(uanina) C(itosina) - e meteu-se a construir a vida. Não contente, inventou-nos nós. E tal como há sempre uma obra que não merece o artista assim o quadro de nós a Vida.
Quando a história começou? Dizem os apóstolos do deus-ciência que há, aproximadamente, 14/15 milhares de milhões de anos, fruto de uma grande explosão, a energia, o espaço e o tempo soltaram-se do estado claustrofóbico em que se encontravam, ou de uma flutuação quântica: densidade a tender para infinito e tempo e espaço para zero. E tal como um balão em enchimento, o Universo, desde então, não deixou de se expandir, soprado pela anti-gravidade. Este romance cósmico tem, abreviada e simplificadamente, quatro capítulos: a era hadrónica (criação dos hadrões a partir dos quarks) e a era leptónica (criação do electrão e do neutrino), concluídas dez segundos após ter acontecido o Big-bang (mas como a temperatura era ainda suficiente alta, deu-se, no terceiro minuto, a seguir ao Big-bang, a nucleosíntese do hélio, deutério e lítio); a era radioactiva, que dura, aproximadamente, um milhão de anos, seguindo-se a era estelar (o domínio da matéria). O Universo organizou-se, a partir da era estelar, em grandes massas de matéria, composta essencialmente de hidrogénio, massas essas que, estruturadas pela força gravitacional, originaram galáxias, agrupadas em enxames e super-enxames, onde nasceram as primeiras gerações de estrelas. O acontecimento físico principal que se dá com e ao longo da era estelar é a continuação da nucleosíntese [síntese de nucleões, originando átomos cada vez mais pesados] no núcleo das estrelas, que tinha terminado no hélio. E se a maioria das estrelas morre, calmamente, com a nucleosíntese do ferro, o mesmo não acontece com as chamadas estrelas massivas – super-novas – que morrem violentamente: explodem e sintetizam elementos pesados até ao urânio, semeando-os pelo espaço interestelar (nunca Mendeleev, pai da Tabela Periódica dos Elementos, imaginou tal origem dos elementos!). Sem esta escória nuclear não teria havido planetas, vida, nós. O Sol é uma estrela, pelo menos, de segunda geração, pois o meio onde o nosso sistema estelar nasceu já continha todos os elementos da Tabela Periódica. Quanto à composição do Universo, os últimos dados apontam para 4% de matéria atómica, 22% de matéria escura e 74% de energia escura. Logo, só vemos 4% do Universo.
Veredicto cósmico: o Universo nasceu leve e caminha necessária e irreversivelmente para ser, cada vez mais, pesado. Isto é: para o seu esgotamento, fecho e enfarto. Para o ómega. Com o urânio, fecha-se a complexidade física atómica, como com o homem se fechou, parece, a vida. Se o hidrogénio é o alfa, o urânio é o ómega. Quando o hidrogénio se esgotar, não haverá mais azeite celeste para alimentar as aluminárias do céu. E as trevas dominarão o Universo. Que dia novo acordará delas? O deus-ciência não nos ampara, não nos salva; mostra-nos a realidade em toda a sua tragédia e esplendor. Para impotência nossa. Como tudo era mais seguro e eterno quando nada se sabia! Aos deuses antigos ainda podíamos orar. Ao deus-ciência não há oração possível. À fé sucedeu a condenação. Como as ideologias são um pai para aqueles que nunca chegam a ser adultos!
P.S. O meu pedido de desculpas: Ao Universo, pelo meu simplismo, ao leitor, pela paciência que teve, e ao jornal, pelo espaço que lhe roubei.
Que é necessário para construir o Universo senão tijolos e cimento? Planta?, autor?, nem pensar! À luz do homem pensante e racional, este o maior dos mistérios. O mistério não é haver Autor. O mistério dos mistérios é não haver Autor. Deus é a nossa solução para o mistério. Deuses e nós, que semelhanças! Já tivemos deuses oleiros, relojoeiros, inteligência superior, arquitectos e, agora, o deus-ciência. E o que nos diz esta nova divindade? Que, perdão pelo simplismo, apenas com quatro letras-tijolos fundamentais estáveis – e- (electrão) e ve- (neutrino electrónico), baptizados de leptões, e u e d (quarks) – mais quatro tipos de cimento-força (bosões): gluões (força de cor), fotão (força electromagnética), os bosões Wº W+ e W- (força nuclear fraca), responsáveis da transformação de um protão em um neutrão e o inverso, acompanhada da transformação e- –» ve e ve –» e-, respectivamente) e gravitão (força gravitacional), temos o alfabeto, a gramática e as regras de sintaxe para construir o conto do Universo. Assim: com quarks fazemos nucleões (protão e neutrão), que graças à força nuclear fraca mudam de personalidade, facilitando a organização e estruturação atómicas da matéria, e o cimento fortíssimo que os prende no núcleo atómico é a força de cor; com nucleões mais leptões, criamos átomos; os átomos, por sua vez, acostam uns aos outros, criando moléculas e macromoléculas, sendo, neste caso, o cimento a força electromagnética; e para que o macro não viva em caos, lá está a força gravitacional a pautar a harmonia das esferas celestes. Mas a criatividade ôntica não acaba aqui: a química inventou quatro letras - A(denina), T(imina), G(uanina) C(itosina) - e meteu-se a construir a vida. Não contente, inventou-nos nós. E tal como há sempre uma obra que não merece o artista assim o quadro de nós a Vida.
Quando a história começou? Dizem os apóstolos do deus-ciência que há, aproximadamente, 14/15 milhares de milhões de anos, fruto de uma grande explosão, a energia, o espaço e o tempo soltaram-se do estado claustrofóbico em que se encontravam, ou de uma flutuação quântica: densidade a tender para infinito e tempo e espaço para zero. E tal como um balão em enchimento, o Universo, desde então, não deixou de se expandir, soprado pela anti-gravidade. Este romance cósmico tem, abreviada e simplificadamente, quatro capítulos: a era hadrónica (criação dos hadrões a partir dos quarks) e a era leptónica (criação do electrão e do neutrino), concluídas dez segundos após ter acontecido o Big-bang (mas como a temperatura era ainda suficiente alta, deu-se, no terceiro minuto, a seguir ao Big-bang, a nucleosíntese do hélio, deutério e lítio); a era radioactiva, que dura, aproximadamente, um milhão de anos, seguindo-se a era estelar (o domínio da matéria). O Universo organizou-se, a partir da era estelar, em grandes massas de matéria, composta essencialmente de hidrogénio, massas essas que, estruturadas pela força gravitacional, originaram galáxias, agrupadas em enxames e super-enxames, onde nasceram as primeiras gerações de estrelas. O acontecimento físico principal que se dá com e ao longo da era estelar é a continuação da nucleosíntese [síntese de nucleões, originando átomos cada vez mais pesados] no núcleo das estrelas, que tinha terminado no hélio. E se a maioria das estrelas morre, calmamente, com a nucleosíntese do ferro, o mesmo não acontece com as chamadas estrelas massivas – super-novas – que morrem violentamente: explodem e sintetizam elementos pesados até ao urânio, semeando-os pelo espaço interestelar (nunca Mendeleev, pai da Tabela Periódica dos Elementos, imaginou tal origem dos elementos!). Sem esta escória nuclear não teria havido planetas, vida, nós. O Sol é uma estrela, pelo menos, de segunda geração, pois o meio onde o nosso sistema estelar nasceu já continha todos os elementos da Tabela Periódica. Quanto à composição do Universo, os últimos dados apontam para 4% de matéria atómica, 22% de matéria escura e 74% de energia escura. Logo, só vemos 4% do Universo.
Veredicto cósmico: o Universo nasceu leve e caminha necessária e irreversivelmente para ser, cada vez mais, pesado. Isto é: para o seu esgotamento, fecho e enfarto. Para o ómega. Com o urânio, fecha-se a complexidade física atómica, como com o homem se fechou, parece, a vida. Se o hidrogénio é o alfa, o urânio é o ómega. Quando o hidrogénio se esgotar, não haverá mais azeite celeste para alimentar as aluminárias do céu. E as trevas dominarão o Universo. Que dia novo acordará delas? O deus-ciência não nos ampara, não nos salva; mostra-nos a realidade em toda a sua tragédia e esplendor. Para impotência nossa. Como tudo era mais seguro e eterno quando nada se sabia! Aos deuses antigos ainda podíamos orar. Ao deus-ciência não há oração possível. À fé sucedeu a condenação. Como as ideologias são um pai para aqueles que nunca chegam a ser adultos!
P.S. O meu pedido de desculpas: Ao Universo, pelo meu simplismo, ao leitor, pela paciência que teve, e ao jornal, pelo espaço que lhe roubei.
sábado, 1 de julho de 2006
As populações seguem o instinto que a nossa História lhes pôs no sangue: alia-te ao rico e não àquele que o contesta. Em termos de sobrevivência, o instinto é mais certo do que a razão: não é verdade que o que contesta o rico, em lugar da riqueza, o quer ser? Entre ser governado por pedintes, que esqueceram as migalhas, ou por dadores de esmolas, optaria, se a isso fosse obrigado, pelos segundos. Ou sob uma outra forma: entre o rico histórico e um novo rico, preferiria, de longe e sem pensar, o primeiro. Ou ainda: entre o novo rico de esquerda, e pela esquerda, e o sempre rico da direita, e pela direita, optaria por este. Aquele, regra geral, usa a esquerda para chegar a ser de direita. O povo o diz: não sirvas a quem serviu e não peças a quem pediu.
A meta, ou, se quisermos, a utopia, da esquerda revolucionária, que ruiu, não visava, em teoria, que o proletário substituísse (passasse a ser) o rico, que o escravo substituísse o senhor ou que o explorado substituísse o explorador, mas a superação de ambos. O “socialismo” ruiu porque, em lugar de caminhar – e poderia ser outro o caminho? – para a superação do antagonismo senhor/escravo, proletarizou toda uma sociedade, substituindo, no plano económico, o antigo explorador pela estrutura do partido. Sem a contradição classista e sem ter caminhado (e seria possível fazê-lo?) para a superação do explorador/explorado, a economia “socialista” não podia ter outro fim senão o seu próprio esgotamento.
A esquerda reformista, todos o sabem, não visa ser alternativa ao capitalismo nem ser revolucionária, mas, mediante reformas, edificar, consolidar e defender o Estado Providência. Assim, a esquerda reformista não pode, com o risco de se descaracterizar, pretender substituir-se à direita, mas superá-la, claro, em moldes reformistas. Ora, o que assistimos com o governo de Sócrates é o ele substituir-se, política, social e economicamente, ao centro-direita. E de tal forma a substituição resultou que o suplente (PS) está a ser melhor do que o titular (PSD), para espanto das SADs dos grupos empresariais e financeiros, que não se cansam de elogiar a coragem política do suplente Sócrates. Este mimetismo político do PS de Sócrates só é possível porque não há uma direita em Portugal. De certa forma, desde Cavaco, a direita não tem tido partido. A crise de liderança do PSD não só não deixou de se acentuar desde Cavaco como não tem solução à vista. Se Marques Mendes não se vê, a alternativa Filipe Menezes seria o regresso a um certo santanismo. Para agravar tudo isto, foi durante os governos de Durão e Santana que a crise, com uma inércia que já vinha dos anteriores governos do PS e do PSD, bateu no fundo, deixando o caminho livre a Sócrates. Contudo, apesar da fragilidade em que o PSD se encontra, apesar da maioria absoluta de Sócrates, o certo é que o PS se substitui ao PSD em lugar de o superar. Face a uma economia fragilizada e a um país em depressão, Sócrates, em nome da crise e por esta justificada «cortou a direito» (palavras de Jorge Coelho na Quadratura do Círculo), a que Pacheco Pereira acrescentou: «e à direita». Para quê mais palavras, se o discurso se fez redondo? O PS é, neste momento, um partido de centro direita na forma – arrogante – e no conteúdo – liberalizante. Sócrates criou uma inércia política de direita, perigosa, que amanhã o PSD vai aproveitar. E quem a vai, então, parar? Sócrates? Por tudo isto, a oposição a esta política nunca poderá vir do PSD, mas pedidos de a aprofundar. Assim, seria de esperar que a contestação surgisse dentro do próprio PS, porque quem não contesta a direita em casa como a pode contestar na casa alheia? Os interesses e/ou a falta de democraticidade interna do partido falam mais alto do que a ideologia. Que é feito de Alegre? Escreve sobre futebol!
PS. A afirmação de Manuel dos Santos, eurodeputado do PS, que diz ser o governo de Sócrates uma «Comissão Liquidatária» do PS, é de grande dignidade. Mas sabendo-se que os partidos não têm vida democrática ou outra – abrem para eleições e os que ganham fecham, de seguida, para o “governanço”, e os que perdem, para balanço – não é de esperar grande contestação interna. O certo é que amanhã – quando Sócrates cair e o PS for oposição (a quê se ele abriu as portas a esta política?) – todos vão acusá-lo daquilo que hoje poucos têm coragem para o fazer e dizer.
A meta, ou, se quisermos, a utopia, da esquerda revolucionária, que ruiu, não visava, em teoria, que o proletário substituísse (passasse a ser) o rico, que o escravo substituísse o senhor ou que o explorado substituísse o explorador, mas a superação de ambos. O “socialismo” ruiu porque, em lugar de caminhar – e poderia ser outro o caminho? – para a superação do antagonismo senhor/escravo, proletarizou toda uma sociedade, substituindo, no plano económico, o antigo explorador pela estrutura do partido. Sem a contradição classista e sem ter caminhado (e seria possível fazê-lo?) para a superação do explorador/explorado, a economia “socialista” não podia ter outro fim senão o seu próprio esgotamento.
A esquerda reformista, todos o sabem, não visa ser alternativa ao capitalismo nem ser revolucionária, mas, mediante reformas, edificar, consolidar e defender o Estado Providência. Assim, a esquerda reformista não pode, com o risco de se descaracterizar, pretender substituir-se à direita, mas superá-la, claro, em moldes reformistas. Ora, o que assistimos com o governo de Sócrates é o ele substituir-se, política, social e economicamente, ao centro-direita. E de tal forma a substituição resultou que o suplente (PS) está a ser melhor do que o titular (PSD), para espanto das SADs dos grupos empresariais e financeiros, que não se cansam de elogiar a coragem política do suplente Sócrates. Este mimetismo político do PS de Sócrates só é possível porque não há uma direita em Portugal. De certa forma, desde Cavaco, a direita não tem tido partido. A crise de liderança do PSD não só não deixou de se acentuar desde Cavaco como não tem solução à vista. Se Marques Mendes não se vê, a alternativa Filipe Menezes seria o regresso a um certo santanismo. Para agravar tudo isto, foi durante os governos de Durão e Santana que a crise, com uma inércia que já vinha dos anteriores governos do PS e do PSD, bateu no fundo, deixando o caminho livre a Sócrates. Contudo, apesar da fragilidade em que o PSD se encontra, apesar da maioria absoluta de Sócrates, o certo é que o PS se substitui ao PSD em lugar de o superar. Face a uma economia fragilizada e a um país em depressão, Sócrates, em nome da crise e por esta justificada «cortou a direito» (palavras de Jorge Coelho na Quadratura do Círculo), a que Pacheco Pereira acrescentou: «e à direita». Para quê mais palavras, se o discurso se fez redondo? O PS é, neste momento, um partido de centro direita na forma – arrogante – e no conteúdo – liberalizante. Sócrates criou uma inércia política de direita, perigosa, que amanhã o PSD vai aproveitar. E quem a vai, então, parar? Sócrates? Por tudo isto, a oposição a esta política nunca poderá vir do PSD, mas pedidos de a aprofundar. Assim, seria de esperar que a contestação surgisse dentro do próprio PS, porque quem não contesta a direita em casa como a pode contestar na casa alheia? Os interesses e/ou a falta de democraticidade interna do partido falam mais alto do que a ideologia. Que é feito de Alegre? Escreve sobre futebol!
PS. A afirmação de Manuel dos Santos, eurodeputado do PS, que diz ser o governo de Sócrates uma «Comissão Liquidatária» do PS, é de grande dignidade. Mas sabendo-se que os partidos não têm vida democrática ou outra – abrem para eleições e os que ganham fecham, de seguida, para o “governanço”, e os que perdem, para balanço – não é de esperar grande contestação interna. O certo é que amanhã – quando Sócrates cair e o PS for oposição (a quê se ele abriu as portas a esta política?) – todos vão acusá-lo daquilo que hoje poucos têm coragem para o fazer e dizer.
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