sábado, 17 de março de 2007
Com o advento de Sócrates ao poder, o jogo político viciou-se. Se alguém tinha dúvidas, os últimos tempos têm vindo a mostrar a contradição em que vivem todos os quadrantes:
(i) As maiores manifestações, de sempre, de professores e da função pública realizaram-se contra este governo “socialista”; apesar do executivo ser socialista, nunca tinha havido um governo tão de direita, arrogante e que tanto amesquinhasse os seus trabalhadores como este; nunca os direitos foram tão atacados; nunca as políticas da educação e saúde foram tão contestadas, devido à destruição e perversão do ECD, ao fecho de escolas, de urgências e de maternidades, enquanto no deserto criado, emergem hospitais privados! O que faz correr Correia de Campos – estrategicamente, escondido, desde há uns dias – a fechar tudo em nome de uma estatística abstracta? E se as manifestações e greves somente se fazem sentir na Administração Pública é bem o sinal dos tempos: que aconteceria aos trabalhadores do sector privado, caso fizessem greve? A liberdade sindical está, de certo modo, reduzida aos trabalhadores do Estado. E mesmo estes que se cuidem! Este governar ao centro-direita com os votos maioritários de esquerda é honesto? O engenheiro, pela prestigiada Universidade Independente, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa diz que está cumprir o programa eleitoral!
(ii) Por outro lado, o governar ao centro-direita anulou a oposição dos líderes dessa área política e, consequentemente, a influência dos respectivos partidos. Esta a causa por que nas últimas semanas, temos assistido a reacções, por parte da direita político-partidária, à monopolização do centrão levada a cabo por José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Depois do anúncio de Portas, o comportamento de Marques Mendes sofreu algumas alterações: opõe-se, opõe-se, quando o que devia fazer era bater palmas ao governo e, quando se opõe, fá-lo mal (é o caso de se opor ao fecho Embaixada no Iraque), e o pedido de uma audiência a Cavaco para dar eco à sua contestação à OTA é já consequência do efeito-Portas. E Santana, que, tal como Portas, não pode estar quieto, calado e amarrado, vem, também, falar da necessidade de uma redefinição da direita e do centro-direita. Tudo isto, porque José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa baralhou de tal modo a política que joga com os trunfos da direita. Contudo, ao contrário de Portas, que pode trazer algum frisson, as aparições de Santana podem, pelo contrário, ser uma bênção para o executivo socratista.
(iii) E, para agravar a confusão e a contradição, não é que Cavaco comemorou o ano de presidência, agradado com actuação do governo e incentivando-o a não desperdiçar as condições favoráveis (maioria absoluta) para fazer as “reformas necessárias”? Que querem PSD e CDS, quando o ás de trunfos e o mundo económico-financeiro estão com Sócrates? E que ilações políticas daqui se podem retirar, senão estas: estai calados, seus tontos, estai calados, porque enquanto assim governar bem estamos! Em lugar de criticar, ponde os olhos nele! E quando José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa se negar e fizer o desvio político-eleitoral à esquerda, cá estamos!
(iv) Em jeito de síntese: a direita político-partidária geme, porque sem poder, enquanto a direita económico-financeira coça a barriga de contente (Cavaco incluído); os partidos à esquerda do PS barafustam, mas não combatem, não tendo estado à altura, no plano político, da luta que tem havido nos planos sindical e social, enquanto a população, em geral, geme. Ouvimos de vez em quando: já não há homens de palavra como dantes; essa verdade dura chegou, há muito, à política. Apesar disso, a política da batota é incensada e sacralizada pelos sacristães dos media.
(i) As maiores manifestações, de sempre, de professores e da função pública realizaram-se contra este governo “socialista”; apesar do executivo ser socialista, nunca tinha havido um governo tão de direita, arrogante e que tanto amesquinhasse os seus trabalhadores como este; nunca os direitos foram tão atacados; nunca as políticas da educação e saúde foram tão contestadas, devido à destruição e perversão do ECD, ao fecho de escolas, de urgências e de maternidades, enquanto no deserto criado, emergem hospitais privados! O que faz correr Correia de Campos – estrategicamente, escondido, desde há uns dias – a fechar tudo em nome de uma estatística abstracta? E se as manifestações e greves somente se fazem sentir na Administração Pública é bem o sinal dos tempos: que aconteceria aos trabalhadores do sector privado, caso fizessem greve? A liberdade sindical está, de certo modo, reduzida aos trabalhadores do Estado. E mesmo estes que se cuidem! Este governar ao centro-direita com os votos maioritários de esquerda é honesto? O engenheiro, pela prestigiada Universidade Independente, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa diz que está cumprir o programa eleitoral!
(ii) Por outro lado, o governar ao centro-direita anulou a oposição dos líderes dessa área política e, consequentemente, a influência dos respectivos partidos. Esta a causa por que nas últimas semanas, temos assistido a reacções, por parte da direita político-partidária, à monopolização do centrão levada a cabo por José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Depois do anúncio de Portas, o comportamento de Marques Mendes sofreu algumas alterações: opõe-se, opõe-se, quando o que devia fazer era bater palmas ao governo e, quando se opõe, fá-lo mal (é o caso de se opor ao fecho Embaixada no Iraque), e o pedido de uma audiência a Cavaco para dar eco à sua contestação à OTA é já consequência do efeito-Portas. E Santana, que, tal como Portas, não pode estar quieto, calado e amarrado, vem, também, falar da necessidade de uma redefinição da direita e do centro-direita. Tudo isto, porque José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa baralhou de tal modo a política que joga com os trunfos da direita. Contudo, ao contrário de Portas, que pode trazer algum frisson, as aparições de Santana podem, pelo contrário, ser uma bênção para o executivo socratista.
(iii) E, para agravar a confusão e a contradição, não é que Cavaco comemorou o ano de presidência, agradado com actuação do governo e incentivando-o a não desperdiçar as condições favoráveis (maioria absoluta) para fazer as “reformas necessárias”? Que querem PSD e CDS, quando o ás de trunfos e o mundo económico-financeiro estão com Sócrates? E que ilações políticas daqui se podem retirar, senão estas: estai calados, seus tontos, estai calados, porque enquanto assim governar bem estamos! Em lugar de criticar, ponde os olhos nele! E quando José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa se negar e fizer o desvio político-eleitoral à esquerda, cá estamos!
(iv) Em jeito de síntese: a direita político-partidária geme, porque sem poder, enquanto a direita económico-financeira coça a barriga de contente (Cavaco incluído); os partidos à esquerda do PS barafustam, mas não combatem, não tendo estado à altura, no plano político, da luta que tem havido nos planos sindical e social, enquanto a população, em geral, geme. Ouvimos de vez em quando: já não há homens de palavra como dantes; essa verdade dura chegou, há muito, à política. Apesar disso, a política da batota é incensada e sacralizada pelos sacristães dos media.