domingo, 6 de abril de 2008

REVISÃO DA HISTÓRIA


A propósito da passagem de cinco anos sobre o início da Guerra do Iraque, a 20 de Março de 2003, e da Cimeira das Lajes, que a precedeu, a 16 de Março de 2003, anda para aí gente a saber do peso da consciência de Barroso, de Bush, de Aznar e Blair e dos apoiantes da Guerra. O poder não tem consciência, porque consciência é inacção. Barroso dirá: queria era ver-vos no meu lugar. Uma coisa é estar no palco da história (poder) outra estar na assistência (criticando ou aplaudindo). O ponto bem lhes diz: não foi isso que prometestes, mas fazem ouvidos de mercador. Não é Sócrates? Sem esquerda por onde ir, o homem meteu-se a direito pela primeira rua à direita que lhe apareceu pela frente.

Os apoiantes entusiastas da guerra (bem piores do que Barroso), que ontem gritaram não ao imperialismo e ao social-fascismo, andam por aí e para aí a dizer coisa sem coisa, e a escrever coisas e loisas, não se dando conta que, apesar da emigração oportuna e oportunista no espectro político, continuam igualzinhos ao passado. Quando se abre a especialidade de psiquiatria política? Enquanto e não, por que razão o (im)paciente Pacheco Pereira não recorre aos serviços do psiquiatra político Alfredo Barroso?

A História não é dos vencedores, e muito menos dos vencidos, é da História. É de quem vai à frente e de quem a ele se cola. O nosso caso. A Europa descobriu, tarde, que a América substituiu a colonização geográfica pela económica. A Geografia é a base, melhor, as Bases, distribuídas pelo Mundo, para assegurar o económico. A América conquista pelo económico: todo o mundo quer ser América. O exército é a retaguarda. E onde entra só faz fezes.