quarta-feira, 2 de abril de 2008

Somos todos americanos

Relativamente às posições românticas (para não dizer eleitoralistas) de Obama – que amanhã serão esquecidas, caso chegue à presidência dos EUA –, sobre a guerra do Iraque, e às críticas que ele fez ao candidato republicano McCain, este não só acusou Obama de não conhecer a história militar americana e de nada saber como os EUA exercem a sua esfera de influência, como lho lembrou (e nos lembrou).

E preto no branco: «Os Estados Unidos combateram uma guerra contra a Alemanha e o Japão e até aos dias de hoje mantêm uma presença militar nesses dois países. Combateram na Coreia, e mantêm tropas na Coreia. Na primeira Guerra do Golfo, expulsaram Saddam Hussein do Kuwait e agora têm ali uma base militar». (fonte: jornal Público, 2 de Abril de 2008, p. 20). Conclusão: se os EUA não saíram da Alemanha (e a guerra já findou em 1949), como não ficarem militarmente – bases militares – no Iraque por mais um século ou por toda a eternidade? O estranho é como estas afirmações não geram uma crise grave entre a Europa e o Japão, por um lado, e os EUA, por outro. Que pensarão Ângela Merkel e Yasuo Fukuda, e os povos alemão e japonês de tudo isto?

Face ao silêncio global, a conclusão global: somos todos americanos.